A cada dia há mais razões justas<br>para o protesto vir para as ruas
Alarga-se e intensifica-se o trabalho colectivo que está a construir as duas grandes manifestações que a CGTP-IN convocou para 1 de Outubro, contra o empobrecimento e as injustiças, contra o programa de agressão aos trabalhadores e ao povo, contra o prosseguimento da política de desastre nacional e por uma necessária e possível política alternativa.
Os motivos para que muitos e muitos milhares de pessoas saiam às ruas no dia do 41.º aniversário da Intersindical Nacional são expostos em plenários, reuniões e contactos mais informais nas empresas e serviços; merecem mais ampla divulgação, em tribunas públicas e mini-comícios; são distribuídos para leitura e reflexão em folhetos nacionais, sectoriais e regionais.
Este trabalho desenvolve-se desde que, a 29 de Agosto, foi anunciada a decisão de realizar estas duas grandes manifestações.
A cada dia que passa, a acção do Governo e a evolução da situação económica, social e política vêm acrescentando razões justas para que se façam ouvir nas ruas, bem alto, as vozes das trabalhadoras e dos trabalhadores, dos jovens, dos reformados, dos desempregados, dos imigrantes, das populações e utentes, de todas e de todos os que sofrem as injustiças e não querem que elas alastrem mais.
Empenho activo do PCP
«Com o PS andávamos de PEC em PEC sempre a machadar nas condições de vida do povo e em doses cavalares. Com o actual Governo, o veneno é servido dose a dose, em pequenas tomas quase diárias, com os mesmos efeitos mortíferos na economia e na vida das pessoas. Esta semana, todos os dias anunciaram ou novas medidas ou a intenção de as tomar a curto prazo», e veio a troika estrangeira exigir cortes adicionais na despesa. «Estão a pensar, como sempre fizeram, em medidas de ataque aos salários, às pensões, aos direitos sociais e laborais, aos serviços públicos. Estão a pensar cortar, e cortar fundo, nas condições de vida do povo», com «medidas de austeridade sem fim à vista».
«A luta pela derrota deste programa de agressão e do Governo que o suporta não só não vai parar, como se intensificará nos próximos meses» e, «contra o tumulto e a destruição social que estão a impor, a resposta será mais forte, mais determinada, mais combativa».
O PCP «assume e assumirá plenamente as suas responsabilidades», prosseguindo «os combates necessários pela conquista de um futuro melhor para o nosso povo e o nosso País». «Mais do que o apelo que continuaremos a fazer para a máxima participação» na jornada de 1 de Outubro, promovida pela CGTP-IN, «o PCP assumirá um efectivo empenhamento no contacto e no convencimento de milhares e milhares de portugueses para que, no dia 1 de Outubro, façam ouvir bem alto a sua voz e o seu protesto».
Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP
Intervenção no dia 17, em Setúbal